Legatus Fiat Lux

Enviado por: Suenilson Saulnier de Pierrelevée Sá*


Certa vez há muito tempo um nobre rico, orgulhoso e poderoso, contudo profundamente amargurado estava em seu leito de morte, e mandou que chamassem o seu único filho para junto de si, pois que este há muito tempo havia sido enviado por ele para que fosse educado na condição de leigo em uma respeitável ordem monástica e de armas.

Ao ver seu jovem e vigoroso herdeiro, disse-lhe usando as forças que ainda lhe restavam.

Minha hora está próxima filho meu. Vou-me embora breve, mas antes preciso lhe falar sobre o que jamais conversamos.
Pai não faças esforços! - respondeu o filho preocupado.

Não há descanso que me recupere e nem esforço que me faça piorar meu filho.


De tudo quanto irás herdar em riquezas e estas não são poucas, nada mais valioso terás do que as três recomendações que tenho para ti no dia de hoje, aonde chego ao limiar da minha existência.


Nunca erre meu filho, pois tantas forem às vezes que tiverem oportunidade os inimigos farão comentários maldosos a teu respeito, usarão vossos tropeços como faltas impagáveis, dirão a todos o quanto foste mal, quantificarão em proporções infinitas a menor das tuas falhas, de uma ruga diagnosticar-te-ão como se leproso fosses e da sua retratação para com aqueles a que venhas errar falarão ser dissimulação.


Jamais confie em alguém, pois é na confiança que tens em outros é que nasce a traição, são aqueles que se sentam a tua mesa para tomar de tua ceia que o apunhalam como salteadores, confiar significa soltar o cabo da espada e dá vosso pescoço de própria vontade ao carrasco, ou seja, ser credo para com os homens é desejar tua própria ruína.


E por último, vos ensino e suplico não perdoe em tempo algum a teus inimigos e até mesmo os teus amigos, se estes o decepcionarem em algo. Quem perdoa abre caminho para que o beneficiado o fira com mais força depois, quem perdoa se mostra fraco perante todos por não responder com a devida força as ofensas recebidas, e ao perdoar chancela com teu aceite à humilhação que sofrestes perante um algoz desonrado.


Depois que disse tudo isso o pai, fitou o rosto do seu filho esperando dele o agradecimento por aquela lição, que pensava ele seria a de maior relevância que poderia ter dado a ele.

O filho após alguns momentos de reflexão dirigiu-se ao pai dizendo:
Pai, lá no priorado, para onde me mandastes quando eu tinha apenas doze anos, todas as vezes que eu errava um exercício com a espada ou com o escudo, meu turcoplier me mandava continuar, todas às vezes em me atrapalhava com uma cerimônia um irmão mais velho prontificava-se a orientar-me e se não sabia como proceder em uma cerimônia havia alguém sempre disposto a ensinar.


Depois quando me tornei um escudeiro, fui ao campo de guerra sendo que o irmão cavaleiro confiava a mim sua própria vida, pois era eu que deveria passar-lhe as armas no tempo certo, alimentar e dá água ao seu cavalo para que não fraquejar-se na batalha e do arnês (arreios) do animal, para que o cavaleiro não caísse da montaria.


Não foram poucas às vezes os meus momentos de ira, devido às saudades que sentia daqui, o chefe da casa perdoava-me falando que eu aprenderia a controlar meu ímpeto enquanto todos incitavam para que eu fosse devolvido como infame a nossa casa.Mesmo quando, fatigado atrasei para atender o chamado a determinada contenda com uma patrulha sarracena, fui perdoado em reconhecimento ao meu esforço nos dias anteriores.


Prosseguindo em tom de lamento, o filho concluiu:
Pai hoje soube através de ti que: errar, confiar e perdoar nos mancham. Tenho muitas dúvidas confesso, mas hei de saber como praticar o que me passastes.
O pai que escutara com todo interesse as palavras de seu filho, transpirando muito e pedindo ao criador que não desencarnasse sem poder falar novamente ao filho. Tão logo se refez, depois de um longo suspiro, disse:
Quão tolo e soberbo eu sou filho meu! Mandei te chamar, para em meus últimos momentos dar-te um legado de sabedoria, e o que me acontece, ao invés de deixar levarei de parte do meu filho, um ensinamento que supunha nem existir, face o meu vasto conhecimento.


Digo a ti filho meu, agora eu é que soube que: o erro é comum ao homem, importando apenas se ele existe intencionalmente, por casualidade ou por ausência de orientação.


Que a confiança no próximo emana da própria honradez pessoal, pois quem não sabe confiar é porque jamais foi digno de sê-lo também.


Quem não dá o beneficio da dúvida, não exerce o perdão é um condenado antecipado ao martírio na aurora dos tempos. Porque entre a humanidade, não se materializou o que dele não fará uso ao menos uma vez em sua trajetória terrena.


Filho me encontrastes agonizante e caminhando nas trevas. E retirou a venda da minha ignorância com teu discernimento, estou enxergando filho, estou enxergando a luz, eu estou indo, estou pronto... Fiat Lux...

 

R$ 25,00

Um homem chegou em casa tarde do trabalho, cansado e irritado encontrou o seu filho de 5 anos esperando por ele na porta.

Pai, posso fazer-lhe uma pergunta???

O que é? - respondeu o homem.

Pai, quanto você ganha em uma hora???

Isso não é da sua conta. Porque você esta perguntando uma coisa dessas? - o homem disse agressivo.

Eu só quero saber... Por favor me diga, quanto você ganha em uma hora???

Se você quer saber, eu ganho R$ 50,00 por hora.

Ah... - o menino respondeu, com sua cabeça baixa.

Pai, pode me emprestar R$ 25,00???

O pai estava furioso - "Essa é a única razão pela qual você me perguntou isso??? Pensa que é assim que você pode conseguir algum dinheiro para comprar um brinquedo ou algum outro disparate? Vá direto para o seu quarto e vá para a cama. Pense sobre o quanto você está sendo egoísta. Eu não trabalho duramente todos os dias para tais infantilidades???

O menino foi calado para o seu quarto e fechou a porta.

O homem sentou e começou a ficar ainda mais nervoso sobre as questões do menino. Como ele ousa fazer essas perguntas só para ganhar algum dinheiro?

Após cerca de uma hora, o homem tinha se acalmado e começou a pensar:

Talvez houvesse algo que ele realmente precisava comprar com esses R$ 25,00 e ele realmente não pedia dinheiro com muita freqüência. O homem foi para a porta do quarto do menino e abriu a porta.

Você está dormindo, meu filho??? - Ele perguntou.

Não pai, estou acordado??? - respondeu o garoto.

Eu estive pensando, talvez eu tenha sido muito duro com você à pouco??? - afirmou o homem. - Tive um longo dia e acabei descarregando em você. Aqui estão os R$ 25,00 que você me pediu.

O menino se levantou sorrindo. - Oh, obrigado pai! - gritou. Então, chegando em seu travesseiro ele puxou alguns trocados amassados.

O homem viu que o menino já tinha algum dinheiro, e começou a se enfurecer novamente.

O menino lentamente contou o seu dinheiro , em seguida olhou para seu pai.

Por que você quer mais dinheiro se você já tinha? - Gruniu o pai.

Porque eu não tinha o suficiente, mas agora eu tenho - respondeu o menino.

Papai, eu tenho R$ 50,00 agora. Posso comprar uma hora do seu tempo??? Por favor, chegue mais cedo amanhã em casa. Eu gostaria de jantar com você.

O pai foi destroçado. Ele colocou seus braços em torno de seu filho, e pediu o seu perdão.

É apenas uma pequena lembrança a todos vocês que trabalham arduamente na vida. Não devemos deixar escorregar através dos nossos dedos o tempo sem ter passado algum desse tempo com aqueles que realmente importam para nós, os que estão perto de nossos corações. Não se esqueça de compartilhar esses R$ 50,00 no valor do seu tempo com alguém que você ama.

Se morrermos amanhã, a empresa para a qual estamos trabalhando, poderá facilmente substituir-nos em uma questão de horas. Mas a família e amigos que deixamos para trás irão sentir essa perda para o resto de suas vidas.

Simbolismo da Lua

Seja na linguagem corrente (sob a forma de aforismos), na astrologia (sob a forma de atributos), no folclore, nas tradições populares ou nos sonhos, a Lua possui um simbolismo muito rico no qual se encontram, em quase todas as civilizações, os mesmos temas.
As manchas da Lua (que variam segundo os dias e as épocas) ocuparam o pensamento dos poetas, dos filósofos, dos astrólogos e mesmo dos sacerdotes. Todo o bestiário (com seu simbolismo próprio) foi identificado em suas manchas e, por vezes, até mesmo o homem, sob a aparência de um velho canibal (entre os tártaros) ou de uma menina (entre os iacutos). A projeção de problemas sobre as manchas lunares faz desse estudo um verdadeiro teste de Rorschach da humanidade. Para os povos antigos, nas tradições populares, a Lua não é um astro morto mas, ao contrário, em plena mutação.
Sujeita a um simbolismo muito variável, a Lua simboliza igualmente a morte. De fato, a cada mês, durante três dias (na Lua nova) ela desaparece, para reaparecer (ressuscitar) sob forma diferente. A Lua se torna, assim, o lugar de trânsito dos mortos, a passagem obrigatória para uma nova vida. Na mitologia dos povos, numerosas divindades são, não apenas lunares, mas igualmente subterrâneas e noturnas: ligadas à morte) como, por exemplo, Perséfone, Mên etc.
A Lua é também o símbolo dos ritmos biológicos e, particularmente, do ritmo de 28 dias. Nós discutimos os ritmos biológicos em relação à Lua num capítulo anterior.
A Lua é, igualmente, o símbolo (direto ou indireto) da fecundidade. Como símbolo da fecundidade humana ela é estudada na parte consagrada ao controle concepcional lunar; a Lua, como símbolo da fecundidade terrestre, é estudada na parte destinada à astro-meteorologia lunar: as mudanças de Lua sempre anunciam chuva.
A Lua, como símbolo da fecundidade humana, transparece claramente nas tradições dos povos do Norte (finlandeses, estonianos, iacutos) que celebram os casamentos por ocasião da Lua cheia.
Para os chineses, a festa da Lua, festa da colheita, é uma das três grandes festas anuais. Lembremos que os povos asiáticos concedem à Lua um lugar preponderante (ela fixa o calendário, determina o signo astral etc....).
Para os judeus, a Lua simboliza o povo hebreu, sempre em busca de nova morada, mudando de lugar perpetuamente. Para os judeus, como para os árabes (e numa certa medida para os cristãos), a Lua é o regulador dos atos religiosos.
As fases da Lua determinam as datas de grandes festas religiosas.
Observemos, de passagem, que a data da festa da Páscoa, na religião cristã, foi fixada, há alguns séculos apenas, em função de uma fase da Lua. "O cálculo segundo o qual se determina atualmente a data da Páscoa é o seguinte: `Páscoa é o domingo que se segue ao décimo quarto dia da Lua que atinge esse tempo no dia 21 de março ou imediatamente após (...). A celebração no décimo quarto dia da Lua do equinócio fora prescrita muito judiciosamente com o objetivo de impedir qualquer assimilação da Páscoa judaica com a cerimônia cristã'".
Assim, segundo as normas do cálculo eclesiástico atual, cujas tabelas teriam sido elaboradas pelo astrônomo jesuíta Clavius, aconselhado pelo papa Gregório XIII, a Páscoa pode ser celebrada em 35 datas diferentes, escalonadas entre 21 de março e 26 de abril!
Os calendários religiosos cristãos, árabes e judaicos não são os únicos calendários que têm por base os ciclos lunares. Sabemos que a civilização chinesa utilizava muito regularmente as fases da Lua para organizar as cerimônias religiosas ou civis. Aliás, o povo celta, gente bastante misteriosa, agia do mesmo modo.
É Símbolo do tempo que passa, da fecundidade, dos ritmos do povo hebreu, a Lua é igualmente o símbolo do imaginário, do sonho e do inconsciente. Essa assimilação simbólica já é suficientemente conhecida (e nós a descreveremos no capítulo astrológico) para que nos detenhamos nela.
Concluindo, pode-se afirmar que a Lua simboliza tudo o que está em mudança: o tempo que passa, o sonho que foge, o animal ou o homem que se transformam, o ciclo que muda e recomeça etc.
Símbolo de desestabilizaçã o, a Lua é igualmente o símbolo da esperança, pois anuncia que a cada fluxo segue-se um refluxo, que a morte anuncia a vida e que a esperança é a primeira virtude humana. Jamais uma frase terá tanto significado quanto a pronunciada pelos adoradores da Lua: "A Lua está morta! Viva a Lua!"

LIÇÃO DO RATINHO

Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote.
Pensou logo no tipo de comida que haveria ali.

Ao descobrir que era uma ratoeira ficou aterrorizado. Correu ao pátio da fazenda advertindo a todos:
- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa!!
A galinha disse:
- Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.

O rato foi até o porco e disse:
- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira!
- Desculpe-me Sr. Rato, disse o porco, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser orar. Fique tranqüilo que o Sr. Será lembrado nas minhas orações.

O rato dirigiu-se à vaca. E ela lhe disse:
- O que? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não!

Então o rato voltou para casa abatido, para encarar a ratoeira.
Naquela noite ouviu-se um barulho, como o da ratoeira pegando sua vítima.
A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pego. No escuro, ela não viu que a ratoeira havia pego a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher...
O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital. Ela voltou com febre. Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha. O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal.

Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la. Para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco. A mulher não melhorou e acabou morrendo.
Muita gente veio para o funeral. O fazendeiro então sacrificou a vaca, para alimentar todo aquele povo.

Mensagem 1:
Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se que quando há uma ratoeira na casa, toda a fazenda corre risco. O problema de um é problema de todos!
Mensagem 2:
'Nós aprendemos a voar como os pássaros, a nadar como os peixes, mas ainda não aprendemos a conviver como irmãos'
Mensagem 3:
"Embora ninguém possa voltar no tempo e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim."

Mensagem 4:
Perguntaram a um determinado líder : "O que mais lhe surpreende na humanidade?", e ele respondeu: "Os homens... porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido."